TRABALHADORES DA FERROVIA - A COMPANHIA PAULISTA DE ESTRADA DE FERRO, SÃO PAULO, 1870-1920

Ana Lucia Duarte Lanna - Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (1985) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1994). Pós Doutoramento na Univ. Paris IV- Sorbonne (2001). Atualmente é professor titular da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo. 


Relação entre nacionalidade dos trabalhadores e período de admissão. Fonte: prontuários da CPEF


Resumo: Este artigo pretende compreender as relações entre ferrovia e transformações no mundo do trabalho, tomando por base empírica a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A pesquisa realizada organizou a documentação funcional (fés-de-ofício) de 1900 trabalhadores da Paulista para o período 1872/1919. Tratava-se de resgatar histórias de vida funcionais de milhares de trabalhadores. Procura-se compreender dinâmicas deste segmento da classe trabalhadora, identificando os atributos de nacionalidade, cor, origem associando-os às carreiras funcionais. Analisa-se ainda as múltiplas agremiações criadas por este grupo, para compreender as relações estabelecidas com a empresa, marcadas tanto pelo paternalismo e constituição de uma identidade de família ferroviária, que subsumia as diferenças sociais, quanto por fortes organizações de classe que constituíam mecanismos de resistência e negociação pautadas por conflitos sociais de expressivas dimensões urbanas.

Abstract: This article discusses the relationships between railways and the transformation in the world of labour, focusing on the analysis of the Companhia Paulista de Estradas de Ferro (São Paulo Railway Company). The research organized the functional documentation (office of faith) of 1,900 of Paulista employees from 1872 to 1919. It aims to rescue life histories of thousands of labourers. Understanding this segment of the labouring class, by identifying the attributes of nationality, color, origin, and by associating them to their careers, we analyze multiple dimensions created by this group, in order to comprehend the relations established within the company. Relations are noticed in both the paternalism that identified the railway family, integrating the social differences, and in the strong class organizations that constituted resistance mechanisms, likewise negotiations based on social conflicts of significant urban dimensions.

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